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Uma nota explicativa:

Se pudemos ler Platão, Michael Ende, Kierkegaard, Jane Austen, Tolstoy e tantos outros, porque dar-nos ao trabalho de ler outras coisas, coisas 'menores'. Elas serão menos exactas, menos profundas, menos substanciais. A internet, e a possibilidade de pormos à disposição de outros os nossos próprios textos, levanta problemas de consciência deste tipo, porque, se é certo que me dá prazer que alguém partilhe um momento que vivi através de um texto, também é certo que o tempo que essa pessoa está a perder a ler aquilo que eu escrevi poderia ser empregue em coisas muito melhores, como outras leituras, outras vivências, outras descobertas.

Por outro lado, há tanto lixo por todo o lado, na televisão, nos jornais, nas bancas de livros, que realmente também não é claro se estarei realmente a fazer um mau serviço à comunidade dando-lhe textos meus. O meu objectivo é que as pessoas leiam os grandes mestres, que tudo aquilo que eu escrevi possa ser visto como um espicaçar da curiosidade, um caminho para uma investigação possível, para duvidar, concordar ou esquecer, mas nunca para seguir cegamente, ou para ficar igualmente cego pelo espanto, ou pela injúria.

Eu sei que os textos não são bons, tenho plena consciência disso, mas à minha própria escala poderão ser úteis, poderão ser lidos por pessoas próximas, e, melhor que isso, poderão ser discutidos (coisa que não podemos fazer com os autores mortos ou muito famosos). Todos aqueles (amigos, conhecidos e desconhecidos) que lerem os meus textos são convidados a interagir com o seu autor, para fazer perguntas, comentar, etc. Combato assim a minha relativa mediocridade com a possibilidade de a mostrar numa conversa e clarificar pontos em aberto; mostrar as coisas que eu não sei (e são quase todas).

E pronto, boas leituras, e, não se esqueçam, vão aos clássicos: 'diz-me o que lês, dir-te-ei quem és...'

Pedro.